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Célia Xakriabá protocola representação criminal no STF por violência policial contra marcha indígena

  • Redação
  • há 7 dias
  • 2 min de leitura

A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) protocolou nesta sexta-feira (11) uma representação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra órgãos de segurança do Distrito Federal após ser alvo de violência policial durante a Marcha “A Resposta Somos Nós”, realizada no dia 10 de abril, em Brasília, por ocasião do 21º Acampamento Terra Livre (ATL).


Na ação, a parlamentar pede que sejam investigadas as condutas do Governo do Distrito Federal (GDF), da Polícia Militar (PMDF), do Corpo de Bombeiros (CBMDF), do Detran e da Polícia Legislativa do Congresso Nacional. A deputada foi atingida por gás de pimenta, impedida de entrar no Congresso Nacional e buscar atendimento médico, e denunciou ter sofrido violência física e psicológica durante a repressão policial ao ato — que era pacífico e havia sido previamente comunicado às autoridades.


O documento também inclui a denúncia de uma fala registrada em reunião virtual da Secretaria de Segurança Pública do DF com o departamento jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), na véspera da marcha, em que um agente das forças de segurança afirma: “Deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça”.


Para Célia, o tratamento recebido carrega traços de racismo, violência política e discriminação de gênero. Ela é a única deputada indígena da Câmara e costuma participar de atos vestida com trajes tradicionais e pinturas corporais. Mesmo se identificando diversas vezes como parlamentar, foi impedida de seguir até seu gabinete. Em relato, ela conta que estava acompanhada de familiares e entoava cantos de encerramento do ATL quando foi atacada.


A representação pede que os responsáveis sejam investigados e, se identificados, responsabilizados. Entre os pedidos estão a condenação dos envolvidos, a perda de cargo público e um pedido formal de desculpas à deputada e aos povos indígenas presentes na manifestação. A parlamentar também solicita que o Ministério Público Federal acompanhe o caso e atue na responsabilização dos agentes.


“Não é apenas sobre mim. É sobre o que significa, para o Estado, ver uma mulher indígena exercendo seu mandato ao lado de seu povo. E é sobre como esse mesmo Estado reage quando a democracia é vivida do nosso jeito: com reza, canto e resistência”, afirmou Célia.



Foto: Rafael Vilela (@piravilela)
Foto: Rafael Vilela (@piravilela)




 
 
 

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